09/12/2009 - Seguro só não cobre enchente em caso de imprudência do motorista, diz entidade

 

Seguro só não cobre enchente em caso de imprudência do motorista, diz entidade
Atualmente os seguros para automóveis já têm a proteção contra enchente como padrão e são poucos os casos em que não há o pagamento do sinistro, explicou nesta terça-feira a Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais).

`A cobertura para enchente é de 100%. Se estiver segurado, nós cobrimos tudo`, explica Maurício Galian, membro do comissão de seguro automotivo da entidade e diretor da seguradora Mapfre. `Não conheço nenhuma seguradora que não inclua danos por enchente no contrato.`

Porém, diz o executivo, há situações onde o sinistro não é pago, embora seja raro. O maior deles é quando há o chamado agravamento do risco.

`Vamos supor que o motorista vê que uma avenida está alagada e resolve atravessá-la mesmo assim porque está atrasado para algum compromisso, por exemplo. Quando o carro morre e, no desespero, o motorista tenta ligá-lo de novo, o motor aspira água e há o que chamamos de calço hidráulico`, exemplifica. `Neste caso, ele agravou o risco. Se houver um agravamento de risco comprovado, a maioria das seguradoras não paga.`

Porém, Galian indica que são raros os casos onde a seguradora comprova que houve imprudência do segurado. `Nosso objetivo é ajudar o segurado. A seguradora só vai se negar a pagar se houver algum erro muito grosseiro`, salientou.

Em relação aos danos, o executivo informa que há muitos casos onde as seguradoras conseguem recuperar o carro depois de um trabalho de higienização, inclusive quando entra água no motor. `Se teve um alagamento parcial, higienizamos, em alguns casos refazemos a pintura ou a tapeçaria, e o carro fica como novo`, disse.

Caso não seja possível, há o pagamento do valor do carro --normalmente as seguradoras seguem a tabela da Fipe para realizá-lo. Os acessórios só são pagos se eles estiver especificado no contrato.

O executivo lembra que em São Paulo a possibilidade de haver perda total é maior devido à poluição dos rios e córregos da cidade. `Quando chove muito, o maior problema é o barro, a água poluída... e aí não há higienização que resolva`, disse.

Mais sinistros
Os problemas com chuvas deram especial dor de cabeça para as seguradoras em 2009, a exemplo do que ocorre desde a noite de ontem em São Paulo. Como choveu mais que a média, o número de sinistros devido a enchentes cresceu no ano.

`Houve, principalmente no começo do ano, muitos problemas com enchentes. Não só em São Paulo, como também em outras cidades do interior, como São José dos Campos`, disse Galian. `Desde março até agora vêm chovendo mais que o normal. Foi um ano atípico`, disse Galian.
 
Fonte: Folha Online, 8 de dezembro de 2009. Na base de dados do site www.endividado.com.br.

Fonte: Folha On line
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